Angola. No Dia Mundial do Doente Bispos apelam à solidariedade para com enfermos e presos
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
A Igreja Católica celebra anualmente o Dia Mundial do Doente na festa litúrgica de Nossa Senhora de Lourdes. Em Angola o dia foi assinalado com várias iniciativas pastorais, em diferentes dioceses.
Os crentes de idade avançada foram ungidos com o óleo dos enfermos, em jeito de “sacramento dos enfermosâ€, próprio para quem sofre no corpo e na alma. Sendo a velhice também uma doença física, justifica este ritual no Dia Mundial dos Doentes.
Para sábado (15/02) prevê-se a celebração de uma missa, no Hospital Josina Machel, a maior unidade sanitária do país.
Na histórica diocese de Mbanza Kongo os fiéis em comunhão com o seu bispo celebraram a data nesta terça-feira (11/02) com fortes apelos à solidariedade permanente para com os doentes e presos.
D. Vicente Carlos Kiazico durante a homilia da missa a que presidiu no Hospital provincial do Zaire, disse ser necessário orar sempre pelos enfermos, e reflectir sobre o mistério do sofrimento, para render mais sensibilidade às comunidades crentes e à sociedade civil, em relação aos doentes, desta forma a solidariedade torna-se permanente.
“Num dia como este, auguramos que as instituições que superintendem o sector da saúde desempenhem o papel que toda a sociedade espera, optando sempre pela humanização dos seus serviços. Esperamos igualmente que as famílias acatem sempre os conselhos para não hesitar na procura pelos serviços sanitários tão logo vivam situações menos boas de saúdeâ€, ressaltou por outro lado D. Kiazico.
Na diocese do Lwena D. Jesus Tirso Blanco disse que há doenças que se propagam na sociedade por preconceito das pessoas, o prelado que falava aos fiéis na missa dedicada aos doentes aconselhou, por outro lado, o redobrar de cuidados “porque o maior remédio é a prevençãoâ€.
E na arquidiocese de Malanje, o XXVIII Dia Mundial do Doente, foi igualmente marcado com a celebração de uma missa, no hospital regional da província, em que participaram fiéis e doentes, na sua homilia o Frei Hermelindo Cabamba, dos Frades Menores, exortou aos doentes a crerem na esperança mesmo diante de tanto sofrimento.
No final da celebração alguns doentes falaram à nossa reportagem, agradeceram a iniciativa da Igreja católica e esperam que gestos como estes aconteçam mais vezes porque transmitem esperança e conforto para quem sofre uma determinada enfermidade.
Apesar de haver uma grande redução de casos por ano, o paludismo ou “malária†ainda continua a ser a principal causa de morte por doença em Angola.
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