Angola: CEAST sugere confiss?o p¨²blica em rela??o ¨¤ corrup??o
Anastácio Sasembele - Luanda
Em entrevista a Emissora Católica de Angola, D. José Manuel Imbamba olhou para os actuais desafios do país na era de governação do presidente João Lourenço que passam fundamentalmente para o combate a corrupção e a impunidade, desafios estes que têm um impacto negativo direto na capacidade do Estado e dos seus agentes executarem qualquer programa de governação.
Outro desafio passa pelo controlo da taxa de inflação numa altura em que o país permanece mergulhado numa forte crise económica, financeira e cambial.
Quanto ao combate a corrupção o Vice-presidente da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) D. José Manuel Imbamba sugere a realização de uma confissão pública com a devida restituição dos bens do estado para os gestores públicos acusados de desviarem a coisa pública.
¡°É preciso que a cultura da justiça se faça sentir e que todos os implicados no processo que levaram o país nesta prostração vergonhosa sejam responsabilizados¡± - disse o Arcebispo.
Nos últimos meses, vários ex-altos dirigentes angolanos foram condenados à prisão, são os casos do antigo ministro dos transportes Augusto Tomas acusado na prática dos crimes de peculato, corrupção e branqueamento de capitais.
E na segunda-feira (9/12) teve início o julgamento do antigo presidente do Fundo Soberano de Angola, José Filomeno dos Santos, filho do ex-presidente da república José Eduardo dos Santos.
"Zenú" como também é conhecido esta a ser julgado por crimes de branqueamento de capitais e peculato, num processo em que são, também, arguidos o antigo governador do Banco Nacional de Angola (BNA), Valter Filipe, Jorge Gaudens Pontes Sebastião e António Bule Manuel.
Os arguidos são acusados de transferência ilegal de 500 milhões de dólares americanos do BNA para uma conta no Crédit Suisse de Londres, Inglaterra.
D. Imbamba apela serenidade e alerta que existem pessoas que não estão interessadas na estabilidade política de Angola.
E o Inspector-geral da administração do estado angolano adverte os gestores públicos a pautarem por uma conduta decente na gestão da coisa pública. De acordo com Sebastião domingos Gunza os gestores que defraudarem o estado vão ser responsabilizados criminalmente.
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