Portugal: Comunidades africanas celebraram Bodas de Prata em Fátima
Domingos Pinto – Lisboa
O Cardeal D. Arlindo Furtado, bispo de Santiago, em Cabo Verde, presidiu no passado dia 3 de agosto em Fátima à peregrinação das comunidades africanas de Lisboa, este ano sob o tema ‘A Virgem Maria, discípula do Senhor’.
Uma iniciativa que assinalou as «Bodas de Prata» da capelania destas comunidades, que contam com o apoio dos missionários do Espírito Santo desde os anos 80, altura em que foi criada.
“Neste momento contamos com quatro nacionalidades, angolanos, S. Tomé e Príncipe, Guiné-Bissau e Cabo Verde”, diz o padre Andrew Prince que fala em “mais de 100 pessoas” com que a capelania pode contar,” ativamente”, um número que pode chegar aos “dois mil” imigrantes por ocasião das festas da comunidade.
“Nós vamos ao encontro deles, saber onde vivem, o que fazem”, diz o sacerdote do Gana que dá conta das várias atividades da capelania ao longo do ano, desde a liturgia à catequese, eucaristias e retiros.
O pároco de Nossa Senhora da Graça em Tires, que fez a sua formação teológica em Portugal, sublinha que os imigrantes “são bem integrados nas paróquias locais”, mas aponta dificuldades de integração “do ponto de vista social”, como o emprego.
“Alguns a trabalhar muitas horas e basicamente não têm vida com a família”, exemplifica o sacerdote que fala em baixos salários, gente que “ganha pouco”.
Por outro lado, “a preocupação maior é dar abrigo a estas pessoas”, acrescenta o sacerdote que elogia a hospitalidade de Portugal.
“É um país super acolhedor. Isso ninguém pode negar”, diz o capelão das comunidades africanas em Lisboa, apesar de reconhecer “poder haver uma situação ou outra” menos agradável.
À VATICAN NEWS o padre Andrew Prince diz-se ainda “admirador do Papa Francisco, desde o princípio”, um Papa que “procura ir ao encontro do povo”, ou seja, “a igreja em saída”.
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