¡°Ningu¨¦m pode fazer a nossa luta¡±
Dulce Araújo - Cidade do Vaticano
Membro da luta de libertação, João Pereira Silva recorda que no mato não havia problemas entre guineenses e cabo-verdianos. Aliás, ele guarda boas recordações da solidariedade que havia entre eles: ¡°Senti-me protegido pelos camaradas guineenses¡± .
Instado a falar do que mais o marcou nos tempos dessa luta ¨C recorda como um dos períodos mais edificantes para ele o acompanhamento dos jovens na Escola-Piloto e depois para a sua formação político-militar fora do país.
Evoca ainda o percurso da sua sensibilização para os problemas que as então colónias viviam, o deixar Lisboa para ir para Conacri, o abraçar a luta até ao fim.
Vindo a Roma para tomar parte, a 29 de Junho findo, numa homenagem a Aristides Pereira, organizada pela Associação ¡°Filhos e Amigos da Boa Vista em Itália¡±, João Pereira Silva percorre as etapas do seu relacionamento com esse seu tio ¡°cioso da sua independência em relação a qualquer ligação familiar¡± e frisa que ¡°não beneficiou de nenhuma facilidade por ser sobrinho de Aristides Pereira¡±.
Para ele, Aristides Pereira, com quem privou sobretudo na última fase da vida, era um homem sensível aos problemas dos outros, honesto, institucionalista, leal, talvez ¡°o discípulo mais leal de Cabral.¡±
Saiba mais sobre a sua visão desse tio e companheiro de luta, assim como a sua própria experiência nessa nobre missão da luta de libertação da Guiné-Bissau e de Cabo Verde do jugo colonial.
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