Guiné-Bissau. Bispos ao novo governo: "garantir paz e segurança"
Cidade do Vaticano
Em entrevista à Rádio Sol Mansi, em Bissau, os Bispos da Guiné-Bissau pediram ao novo Governo nomeado pelo Presidente José Mário Vaz para garantir a paz e a segurança no País. De facto, em 2015, o governo foi dissolvido devido a disputas entre o presidente Vaz e o gabinete do primeiro-ministro, e desde então o clima de instabilidade política tem sido uma constante.
Olhar sempre para o bem comum
Por isso, o bispo de Bissau, Dom José Câmnate na Bissign, destacou a necessidade de os políticos guineenses privilegiarem sempre o interesse comum. "Somente os que são animados por um espírito patriótico deveriam continuar a fazer política, e não aqueles que pensam apenas em resolver os seus problemas pessoais", disse o bispo em entrevista à emissora católica da Guiné-Bissau, "Rádio Sol Mansi". Dom José Camnate Na Bissign sublinhou ainda que o povo da Guiné sofreu o suficiente e, portanto, merece obter paz, estabilidade, segurança e bem-estar social.
O papel significativo das mulheres
O prelado recordou, em seguida, que o povo guineense já fez a sua escolha nas urnas no passado dia 10 de março e que agora cabe aos eleitos para realizar aquilo que eles prometeram durante a campanha eleitoral. Por seu lado, o bispo de Bafatá, Dom Pedro Carlos Zilli, também ele em entrevista à Rádio Sol Mansi, recordou que os políticos têm a responsabilidade de tutelar o bem comum. "Estamos confiantes de que o novo governo funcionará, também porque integrou um número significativo de mulheres, e esperamos que elas possam agir para o bem do País”.
Diálogo entre maioria e oposição
Dom Pedro Zilli também manifestou o desejo por um diálogo construtivo entre a maioria e a oposição, a fim de consolidar a democracia no País. Na semana passada, o Presidente da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, que completou o seu mandato de cinco anos em 23 de junho, nomeou o novo Governo e o Procurador Geral da República, depois de a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental ( CEDEAO) havia solicitado que ambos os cargos fossem nomeados até 3 de julho.
Foco no desenvolvimento integral e na solidariedade
Recorde-se que nos últimos meses, em vista das eleições de março, a Conferência Episcopal local havia difundido uma mensagem intitulada "O futuro da nação está no voto livre e consciente". No documento, os bispos exortavam a comunidade a ter "um olhar de esperança" para o futuro da Guiné-Bissau, embora consciente das muitas dificuldades, como a instabilidade política e governamental, o aumento da pobreza, as deficiências em sectores essenciais como a saúde e a educação, a desconfiança nas instituições. Daí o apelo a promover o bem comum", com a ajuda de "políticas que ponham o foco no desenvolvimento integral da pessoa" e na "solidariedade" entre as gerações - (Agência Fides – PIRO).
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