A propósito de D. Paulino Évora e da história de Cabo Verde
Dulce Araújo - Cidade do Vaticano
José Vicente Lopes fez esta afirmação em entrevista à Rádio Vaticano, por ocasião da sua vinda a Roma a 29 de Junho para uma homenagem a Aristides Pereira, combatente pela liberdade da Pátria e Presidente de Cabo Verde nos primeiros 15 anos de independência. Ele é, de facto, autor do livro-memória “Aristides Pereira, minha vida, nossa história”. E este é apenas um dos seus trabalhos sobre o percurso social e politico de Cabo Verde pré e pós independência. Tem outros como “Bastidores da Independência” (1996); As causas da Independência (2003); “Tarrafal-Chão bom, Memórias e Verdades” (2010), “Onésimo Silveira, uma vida, um mar de histórias”, etc. Algo que nos levou a perguntar-lhe se não deveria ter escolhido ser historiador em vez de jornalista…
D. Paulino do Livramento Évora – recorde-se – foi primeiro bispo do Cabo Verde Independente. Natural da cidade da Praia, entrou solenemente na Diocese de Santiago, então única diocese do país (actualmente são duas), a 22 de Junho de 1975, poucos dias antes da independência do país, que viria a ter lugar a 5 de Julho desse mesmo ano. O seu lema pastoral foi, de facto, “N mandado dâ nhos um noba di Deus djunto cu notícia di libertaçon» (Fui mandado para vos dar a nova de Deus, juntamente com a notícia da libertação). Permaneceu à frente dessa Diocese até 2009, quando se resignou por limite de idade, tendo sido sucedido por D. Arlindo Furtado, agora Cardeal. D. Paulino faleceu a 16 de Junho de 2019 com 88 anos de idade.
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