Tráfico de ç realidade preocupante em Angola
Anastácio Sasembele – Luanda, Angola
O tráfico de crianças no país é alimentado pela fragilidade e vulnerabilidade de um grande número de menores órfãos que circulam ou atravessam as fronteiras sozinhas, sem documentos de identidade ou autorização escrita dos progenitores ou tutores, disse em Luanda nesta terça-feira (19/2), o director-geral do INAC Paulo Kalesi, que falava na abertura do seminário técnico para a elaboração dos fluxos de atendimento para crianças e adolescentes vítimas de tráfico e de trabalho infantil.
O responsável referiu que o fenómeno no país não é tão alarmante, mas é preocupante a julgar pelos relatos de casos que têm vindo a registar-se.
Servidão doméstica entre as motivações para o tráfico
O Instituto Nacional da Criança (INAC) acredita que apesar da inexistência de dados específicos, os casos revelados indicam que a servidão doméstica, trabalho forçado, exploração sexual e o recrutamento para actividades ilícitas, são as principais motivações para o tráfico de menores.
Tráfico de pessoas brutal violação dos direitos humanos
E a representante adjunta da UNICEF em Angola, Patrícia Sousa, considerou ilegal o tráfico de pessoas e uma brutal violação dos seus direitos, tendo alertado que as pessoas traficadas também sofrem abusos psicológicos e sexuais, acrescentando que a estimativa aponta que 50 por cento das vítimas a nível mundial são crianças.
O evento que encerrou nesta quarta-feira (20/2) abordou "O fenómeno do tráfico de crianças em Angola e as respostas institucionais", "Marco legal e a responsabilização da rede de exploração do tráfico na esfera da justiça" e os "Mecanismos de acolhimento e protecção da vítima".
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