RD Congo: Os bispos n?o tencionam abandonar o povo congol¨ºs
Maria José Muando Buabualo ¨C Cidade do Vaticano
Na véspera da abertura da campanha para as eleições gerais do próximo dia 23 de dezembro, o episcopado congolês, na sua qualidade de "profeta e pastor, acredita que é necessário fazer um balanço para avaliar o processo eleitoral, dar orientações, e fazer recomendações com a finalidade de melhorar o que deve ser melhorado¡±, sublinha em entrevista ao Pope o Secretário Geral da CENCO.
Um processo eleitoral em perigo
Já no passado mês de junho, a Conferência Episcopal Nacional do Congo, CENCO, havia dirigido uma vibrante mensagem: "Salvemos o processo eleitoral", pois tinha percebido que o processo eleitoral estava em perigo à luz de algumas preocupações, e tinha formulado propostas para essas preocupações. Para esta nova assembléia extraordinária, cada bispo fará um balanço daquilo que está a acontecer na sua diocese em relação ao processo eleitoral. Em seguida, "um ponto comum será elaborado antes de se concentrar nas preocupações sobre a máquina de voto, o registo eleitoral, as conquistas e os fracassos. E com base em tudo isso serão feitas recomendações pastorais", explicou o Padre Nshole.
A questão da oposição congolesa
Depois da sua reunião de Genebra na Suíça, a oposição congolesa tinha assinado um acordo no passado dia 11 de novembro, designando Martin Fayulu como candidato comum da oposição para a eleição presidencial de 23 de dezembro. Um acordo que foi violado em apenas 24 horas após a sua assinatura, quando Félix Tshisekedi e Vital Kamerhe retiraram as suas assinaturas. Sobre esta questão, o Secretário da Conferência Episcopal Nacional do Congo acredita que os bispos não estão lá para pôr a oposição em ordem de batalha, e muito menos para lhes indicar uma estratégia a seguir.
"Os Bispos congoleses estão lá para ajudar a garantir que os fundamentos de uma organização credível sejam tidos em consideração no contexto congolês¡±. Eles convidam cada actor político a assumir as suas responsabilidades em relação aos seus compromissos. Os bispos ressaltam que "o mais importante para o povo congolês é saber que atitude adoptar e como se deve comportar para que essas eleições lhe restituam o seu poder¡±.
Os bispos não tencionam abandonar o povo congolês
Para o Padre Nshole, os bispos católicos da República Democrática do Congo não tencionam abandonar o povo congolês.
Os bispos estão do lado do povo, a quem também convidam para ficar atento.
"Os bispos nunca tiveram a pretensão de tomar o lugar dos políticos. Como pastores, eles já o disseram, nunca cruzarão os braços, nunca ficarão em silêncio, onde puderem fazer algo para melhorar as condições de vida do povo congolês¡±. No contexto da República Democrática do Congo, isso envolve necessariamente a consolidação da democracia ¨C concluiu dizendo o Padre Donatien Nshole.
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