Angola: José Eduardo dos Santos nega ter deixado cofres do Estado vazios
O antigo Presidente da República de Angola, José Eduardo dos Santos, negou nesta quarta-feira (21/11), em Luanda, que tenha deixado "os cofres do Estado vazios", quando saiu do poder, em setembro de 2017.
Anastácio Sasembele – Luanda
Numa Declaração à imprensa, sobre a forma como conduziu a coisa pública durante os seus 38 anos de mandato (1979-2017), José Eduardo dos Santos esclareceu que deixou USD mais de 15 mil milhões nas contas do Banco Nacional de Angola (BNA), como reservas internacionais líquidas.
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Segundo José Eduardo dos Santos, o gestor dessas contas era o antigo governador do Banco Nacional de Angola, sob orientação do Governo Angolano. O antigo Presidente reagia à entrevista do seu sucessor, João Lourenço, ao jornal português Expresso, tendo afirmado que, durante o seu mandato, havia comando sobre a política financeira do Estado.
Entrevista de João Lourenço ao Expresso
Na sua recente entrevista, concedida ao Jornal Expresso, João Lourenço afirmou que encontrou "os cofres do Estado já vazios, com a tentativa de os esvaziarem ainda mais".
Segundo o estadista, não lhe foi feita "uma verdadeira passagem de pastas", em que lhe fossem dados a conhecer os grandes dossiês do País e, para ter domínio dos mesmos, teve de "vasculhar".
Na sua declaração, José Eduardo dos Santos acrescentou que, no seu mandato, todas as receitas e despesas do Estado eram inscritas no Orçamento Geral do Estado, obrigatoriamente.
Necessário esclarecer toda a verdade ao povo
Chamado a comentar o Docente Universitário e analista político Albino Pakissi disse ser necessário que se esclareça toda a verdade ao povo. Entretanto este facto acontece numa altura em que o presidente da República de Angola João Lourenço efectua uma visita de estado a Portugal de 22 a 24 de Novembro a convite do homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa
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21 novembro 2018, 11:06