Angola. José E. dos Santos nega ter deixado cofres do Estado vazios
Anastácio Sasembele – Luanda
Numa declaração à imprensa sobre a forma como conduziu a coisa pública durante os seus 38 anos de mandato (1979-2017), wsclareceu que deixou mais de USD 15 mil milhões nas contas do Banco Nacional de Angola (BNA), como reservas internacionais líquidas.
Segundo José Eduardo dos Santos, o gestor dessas contas era o antigo governador do Banco Nacional de Angola, sob orientação do Governo angolano. O antigo Presidente reagia à entrevista do seu sucessor, João Lourenço, ao jornal português Expresso, tendo afirmado que, durante o seu mandato, havia comando sobre a política financeira do Estado.
Entrevista de João Lourenço ao Expresso
Na sua recente entrevista, concedida ao Jornal Expresso, João Lourenço afirmou que encontrou “os cofres do Estado já vazios, com a tentativa de os esvaziarem ainda mais”.
Segundo o Estadista, não lhe foi feita “uma verdadeira passagem de pastas”, em que lhe fossem dados a conhecer os grandes dossiers do País e, para ter domínio dos mesmos, teve de “vasculhar”.
Na sua declaração, José Eduardo dos Santos acrescentou que, no seu mandato, todas as receitas e despesas do Estadoeram inscritas no Orçamento Geral do Estado, obrigatoriamente.
Necessário esclarecer toda a verdade ao povo
Chamado a comentar o Docente Universitário e analista político Albino Pakissi disse ser necessário que se esclareça toda a verdade ao povo.
Entretanto, este facto acontece numa altura em que o Presidente da república de Angola João Lourenço efectua uma visita de Estado a Portugal de 22 a 24 de novembro, a convite do homólogo português, Marcelo Rebelo de Sousa.
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