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Refugiados da Rep¨²blica Democr¨¢tica do Congo, RDC Refugiados da Rep¨²blica Democr¨¢tica do Congo, RDC 

Angola. Crise de refugiados: Bispos contr¨¢rios a expuls?es em massa

A prop¨®sito dos refugiados congoleses expulsos de Angola nos ¨²ltimos dias, o Padre Hil¨¢rio Correia, Secret¨¢rio executivo e assessor de imprensa da Confer¨ºncia Episcopal de Angola e S. Tom¨¦ (CEAST), disse em entrevista ¨¤ Radio Veritas da ?frica do Sul, que os bispos angolanos s?o contr¨¢rios a expuls?es em massa e que uma pol¨ªtica de acolhimento e di¨¢logo teria sido muito melhor.

Bernardo Suate ¨C Cidade do Vaticano 

Angola acolheu muitos refugiados oriundos do Congo Democrático, devido à instabilidade política naquele País ¨C explica o Padre Hilário - e a própria Caritas Angola interveio para que os refugiados tivessem essa dignidade de serem acolhidos como pessoas e também assistidos.

País que acolhe sem respeito pela dignidade humana

Mas há também questões políticas que ultrapassam a nossa dimensão religiosa do ponto de vista do acolhimento, dando imagem de um País que acolhe refugiados mas sem respeito pela sua dignidade humana, pois ninguém gostaria de deixar o próprio País para viver nesta condição de miséria de em tudo depender dos outros, afirma o Padre Hilário.

Bispos favoráveis ao diálogo e abertura

Contudo, a expulsão de refugiados é algo que aconteceu, prossegue o Padre Correia, ressaltando que os Bispos não são favoráveis a estas expulsões em massa e que, mesmo devido às relações bilaterais entre Angola e RDC, deveria ter havido um certo diálogo, uma certa abertura, e não a retaliação ou a vingança por eventuais erros do passado.

¡°Vamos todos trabalhar para que o serviço da Igreja, sobretudo o da caridade, possa sempre acolher as pessoas mais carentes¡±, sublinha Padre Correia, citando o exemplo da África do Sul, onde  embora o governo não tenha estruturas de acolhimento adequadas, muitos africanos procuram e encontram refúgio na Igreja.

Apelo à unidade entre Países que têm tanto em comum

O bispo da Diocese de Dundo, Dom Estanislau Marques Chindecasse, fez um pronunciamento revelando descontentamento por ver que ¡°irmãos que acolhemos de braços abertos, por causa de situações políticas, foram agora repatriados¡±, uma posição partilhada pelo episcopado angolano.

¡°Talvez os políticos não vêem a questão da mesma maneira, mas o Congo Brazaville, o Congo Kinshasa e a Angola têm muito em comum, partilham a mesma cultura¡± ¨C concluiu o sacerdote com um apelo à unidade entre os dois Países.

Oiça aqui a entrevista realizada em Joanesburgo por Sheila Pires da Rádio Veritas.

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07 novembro 2018, 09:40