Hospital Menino Jesus para os pequenos s¨ªrios: hospitalidade e miss?es locais
Cidade do Vaticano
Wafaa é uma menina síria de nove anos cuja vida mudou radicalmente quando uma chuva de granadas atingiu o quintal de sua casa, numa pequena aldeia a leste de Aleppo.
As graves queimadas causadas pelas explosões afetaram 50% de seu corpo, que não estava protegido pela roupa.
Desde 9 de janeiro passado, Wafaa se encontra, em Roma, junto com sua mãe Aede, no Hospital Pediátrico Menino Jesus que se ofereceu para curá-la, depois que os hospitais, antes na Síria, e depois na Turquia, lhe deram poucas esperanças. Após as primeiras operações, o objetivo é fazer com que recupere a visão, reconstruir o seu rosto e fazer com que restabeleça o uso da mão esquerda.
Junto com Waafa chegou também ao Menino Jesus Raduan Sattouf, de 7 anos. Ele chegou à Itália através dos corredores humanitários da Comunidade de Santo Egídio e sofre de osteogênese imperfeita. Em junho, chegou outro menino da Síria, depois de que outros dois refugiados foram hospedados em 2017.
¡°Pacientes humanitários¡± que são curados graças ao acordo entre a Organização Mundial da Saúde (OMS), que sustenta os gastos das famílias em sua estada na Itália, e o Menino Jesus que cobre as consultas médicas.
O acordo entre o Hospital Pediátrico Menino Jesus e a OMS Síria foi desejado fortemente pelas duas presidentes Mariella Enoch e Elisabeth Hoff, e prevê o apoio específico às crianças e adolescentes sírios, depois de que os mais de seis anos de guerra destruíram a metade das estruturas de saúde do país e reduziram os números de médicos.
O projeto, que tem a duração inicial de três anos, prevê a formação de médicos e enfermeiros do Hospital Universitário Pediátrico de Damasco e será ampliado aos hospitais públicos de Latakia e Aleppo.
Do acordo entre o Fundo das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) e o Hospital Menino Jesus, nasce a missão em andamento estes dias na Jordânia, onde a equipe médica de cirurgia cardíaca operou algumas crianças doentes de coração, provenientes de famílias jordanianas pobres e dos campos onde se encontram os refugiados sírios.
¡°Visitamos cerca de vinte crianças. Quase todas precisam de uma cirurgia cardíaca¡±, explicou o Dr. Fiore Iorio que se encontra na Jordânia. ¡°Trata-se de casos de complexidade média, alguém um pouco mais, porém, no geral, não tivemos problemas importantes e as crianças estão bem. Agora, ainda permanecem mais dez crianças para serem operadas. Por isso, devemos planejar outra missão.¡±
¡°O campo próximo dali contêm 120 mil refugiados, uma cidade de tamanho médio, e tem de tudo ali, desde doenças cardíacas congênitas a todos os outros problemas¡±, ressaltou ainda Iorio.
¡°Estamos presentes não somente na cirurgia cardíaca, mas também em outras especialidades pediátricas, como ortopedia, cirurgia geral e estamos tratando os traumas pós-bombardeios dessas crianças que vieram de países onde houve guerra. De acordo com o que nos pedem, conseguimos de certa maneira colaborar com os agentes de saúde da Jordânia para ajudá-los.¡±
O sucesso do projeto poderia ser o início de novas colaborações com o governo jordaniano, tanto na formação de agentes de saúde quanto na abertura de centros pediátricos especializados.
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