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A celebração da Páscoa pelos ortodoxos em meio à pandemia

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Na maior parte do mundo ortodoxo, assim como para as demais Igrejas cristãs que seguem o Calendário Juliano, as celebrações da Páscoa ocorreram sem a presença dos fiéis, devido à pandemia de coronavírus. Foi o caso também da Rússia, onde após a resistência inicial do patriarca de Moscou Kirill, os fiéis foram convidados a não ir à igreja na Páscoa.

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Em Jerusalém, em conformidade com as disposições do governo israelense para prevenir o contágio, a antiga cerimônia do "Fogo Sagrado", celebrada na véspera da Páscoa Ortodoxa no Santo Sepulcro, também foi realizada de forma especial, na presença de apenas dez pessoas. Entre elas, o Patriarca Greco-Ortodoxo Teófilo, que como reza a tradição, presidiu o rito de apagar e reascender a chama na Edícula da Basílica, na qual os fiéis sucessivamente acendem suas chamas.

Após a cerimônia, as chamas foram carregadas em 10 aviões vazios com destino à Rússia, Ucrânia, Grécia, Geórgia, Chipre, Romênia, Moldávia, Bielorrússia, Polônia, Cazaquistão.

Na Grécia, o governo proibiu a distribuição da chama em todas as paróquias, enquanto as autoridades romenas permitiram que voluntários vestidos com máscaras e luvas a levassem para as casas dos fiéis.

A Geórgia, por sua vez, seguiu por outro caminho. Como relatado pela agência católica Cath.ch, apesar dos apelos das autoridades políticas e de saúde, vários fiéis participaram das celebrações da Páscoa nas igrejas.

A maioria do clero local inicialmente se opôs fortemente à recomendação de ficar em casa e continuou a distribuir a Comunhão, ainda que as lideranças eclesiásticas tenham aceitado a ideia de celebrar as liturgias ao ar livre e respeitar o distanciamento social.

Para as celebrações da Páscoa, as autoridades ortodoxas da Geórgia não chegaram a um consenso sobre as orientações a serem adotadas, com o resultado de que, dependendo da região, houve participação dos fiéis na liturgia.

Também na Bielorússia foram celebradas liturgias na presença de fiéis, país cujo presidente Aleksander Lukashenko não tomou nenhuma medida especial contra a disseminação dos contágios no país, que tem 4 mil casos confirmados em uma população de nove milhões de habitantes.

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21 abril 2020, 06:40